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domingo, 2 de outubro de 2011

Soajo; A força do homem, sobre o granito.

Imaginem acordar bem cedo pela manhãzinha, quando ainda a neblina cobre montes e pinhais verdejantes, despertados pelo som de um esforçado galo, cantando lá longe, mas cujo som é ampliando pelos vales e veredas da Serra do Gerês.

Levantando-se da cama macia e acolhedora, dirigem-se à janela mais próxima, ainda com um enorme bocejar acompanhado do espreguiçar do corpo, abrem a janela do quarto, para darem as boas vindas aos primeiros raios de luz e calor, ficam baqueados e siderados pela deslumbrante vista que vos entra pelos olhos dentro, até tocar a vossa alma, inundando os vossos sentidos com um prazer e gratidão enorme, por poderem presenciar esta magnifica pintura.
Foi o que nos aconteceu, depois de um belo e retemperado sono, após um desgaste normal de uma semana de trabalho, bem como por uma viagem de automóvel pela tardinha, entre o Porto e a aldeia do Soajo, onde chegamos já noite dentro para pernoitar numa das suas típicas casas, mas com uma paragem em Arcos de Valdevez, para recuperar energias com um belo jantar, no restaurante do centro da cidade.
Como base para os nossos passeios florestais diários, optamos por ficar nas casas do centro da aldeia do Soajo, que apesar do seu aspecto exterior rude, atarracado e muito rústico, nos proporciona nos seus interiores de vários andares, todas as comodidades e condições modernas, com água quente e aquecimento central, para realizarmos uma excelente estadia, neste meio agreste e rural, em que nos situamos.

As casas são construídas à base de granito, com os telhados cobertos pela telha de argila, tão característico nas regiões das montanhas do norte de Portugal.
A localização das casas, obedecem a um sentido muito estreito de comunidade, estando posicionadas muito perto umas das outras, para facilitar a envolvência e partilha comunitária de bens e serviços. As casas tem um aspecto arquitectónico muito duro e rústico, que demonstram a dureza da vida rural daquelas paragens.
As ruas que serpenteiam por entre as paredes das casas, são mesmo estreitas, e realizadas em pedra bastante dura, mas o suficiente largas para deixarem passar e aguentar com o peso dos carros de bois, que ainda são utilizados nas tarefas do campo, bem como no transporte dos materiais mais pesados, entre os celeiros e as dispensas das casas.
Característico da zona, são os vários campos de agricultura, mais conhecidos por terraços, e que ainda são trabalhados sem recurso a qualquer tipo de maquinaria moderna, e que nos proporcionam imagens de rara beleza.
No centro da vila, tem à sua disposição uma imensidão de trajetos, cada um deles com as suas características e dificuldades em ultrapassar, mas em que encontrara em cada uma das paragens obrigatórias, recantos com vistas deslumbrantes desde cascatas, rios, caminhos, florestas ou montanhas a perder de vista, na sua grandeza e beleza extrema. Deixo-vos algumas das imagens da nossa visita a este local tão arduamente belo e recompensador, que nos carrega a alma de energia, com o mais belo que os nossos olhos poderão descortinar e apreciar.

Melhor do que lhe relatar as nossas vivências, e contar-vos todos os segredos e mimos a que fomos votados durante a nossa estadia de 3 dias, perdendo-se assim o prazer da surpresa e descoberta, faço-vos o convite de se deslocarem a este local, para que cada um se predisponha a viver a experiência de percorrer num fim de semana, ou nuns dias de retiro espiritual, estes belos percursos, carregados de secularidade e história, acompanhados pela excelência do saber receber e acarinhar que as gentes do Soajo, devotam a quem os visita.
  
 
Não se esqueça de trazer equipamento adequado para as caminhadas, que poderá encontrar nas boas lojas de desporto existentes, como por exemplo a Sport Zone, e que decerto lhe proporcionaram um prazer imenso, com toda a comodidade e segurança.

domingo, 18 de setembro de 2011

Selvagem e algo perigoso, mas de cortar a respiração.


Apesar do trajeto começar a denunciar o abandono a que foi votado pelo homem, pela sua não utilização diária, e com o aparecimento de vegetação densa, bem como pela ocupação dos túneis por quantidades enormes de morcegos, mesmo assim e pela beleza que a mesma nos proporciona, vale a pena percorrer a antiga linha do comboio.

O trajeto tem uma extensão de 17 km´s, partindo da localidade espanhola de Fregeneda, a 483 metros de altura, terminando nos 150 metros de altura, junto a Barca de Alva. Percorrendo toda a sua extensão, iremos encontrar uma sucessão de 6 túneis e pontes, que apresentam um grau médio de dificuldade, tendo muito cuidado na travessia de alguns pontos que se encontram em ruínas, mas com paisagens deslumbrantes de rara beleza e com vistas de cortar a respiração.

Não é uma tarefa fácil, pelo que atrás mencionamos, bem como pela dificuldade em poder fazer a travessia de algumas das pontes que já se encontram em mau estado de conservação. A meio do percurso, encontramos uma ponte que tem um vau, e que nem todos terão coragem de o ultrapassar, sem a ajuda de um parceiro.

Por isso, aconselhamos que a viagem seja programada em grupo, e nunca individualmente, para que se torne mais segura e agradável, podendo ser assim mais fácil a transposição desta enorme aventura selvagem, pela ajuda entre todos os elementos, causando um enorme sentimento de adrenalina, satisfação e alegria a quem a conseguir realizar.

Aqui vos deixo mais algumas das fotos realizadas, numa grande aventura deste verão.







Ver mapa maior

domingo, 4 de setembro de 2011

Barca de Alva; O comboio que o tempo apagou.

Num passado recente, era uma linha de comboio com alguma importância e movimento. Hoje não passa de uma miragem assustadora e bela, com paisagens de cortar a respiração, e dificuldades acrescidas para vencer e ultrapassar na procura da descoberta de novos tesouros bem escondidos, pela poeira do tempo.




Nesta apresentação iremos apresentando algumas das fotografias realizadas durante a nossa viagem a percorrer este percurso, bem como algumas das histórias dos locais atravessados por esta linha de comboio entre as localidades de Barca de Alva e Fregeneda